A emergência de monitoração

Um cenário caótico se apresenta à sociedade contemporânea brasileira e está cada vez mais difícil ter uma visão otimista sobre a qualidade de vida e até sobre a plausibilidade de se viver dignamente no nosso país. A corrupção que impera nos poderes executivo, legislativo e porque não dizer judiciário, em todos os níveis: federal, estadual e municipal, não é uma exclusividade destes atores. O brasileiro não resiste à possibilidade de obter vantagem e a frase feita estampada nos carros “é bom ser do bem” já não representa tanto respeito, gentileza, correção e honestidade com o próximo, como sugere o website que lançou a campanha, afinal furar a fila de carros passando pelo acostamento não é um indicativo destas qualidades, ou alguém discorda? Porém, vamos um pouco além. Quantos de nós não já sofremos com aquela terrível dor de barriga associada à diarreia e dor de cabeça, para não dizer quadros mais graves de intoxicação alimentar, devido aquele sanduíche ou salada contaminados graças aos descuidados dos manipuladores de alimentos ou estabelecimentos de alimentação sem nenhum cuidado com a higiene? O que todos estes problemas têm em comum? “Falta de Monitoração”.

O Brasil se gaba de ter em sua constituição uma das mais bem elaboradas do mundo, mas não consegue apresentar justiça social. A desorganização, a falta de planejamento e a incompetência administrativa e de gestão são estampadas diariamente em todas as mídias em obras superfaturadas, que demoram duas ou três vezes o tempo determinado para a sua conclusão, oxalá quando concluídas. No entanto, chega de falar dos nossos problemas. Necessitamos mais do que nunca é de soluções. Já passou da hora de nos predispormos e nos responsabilizarmos pela ocupação das posições de monitoração existentes na sociedade civil. Os comitês estão aí aguardando o posicionamento daqueles verdadeiramente interessados em mudanças e necessitam da participação dos diversos atores de maneira integrada. A única maneira de modificarmos o atual cenário citado no início desta postagem é sairmos do estado de indiferença, tão bem lembrado recentemente pelo Papa Francisco, e começarmos a entender o real papel que devemos desempenhar de nos educar e educarmo-nos uns aos outros constantemente, primeiro pelo nosso exemplo e, em seguida, pela vigilância constante. Um grande aliado são as redes sociais e a internet. Viu uma fila imensa no banco ou na casa lotérica, observou alguém furando a fila pelo acostamento, sabe de uma obra que já passou do tempo de conclusão, fotografe, divulgue, informe. Vamos fazer com que sintamos vergonha de cometer uma inflação e vamos deixar, de uma vez por todas, de achar que o mundo é dos mais “espertos”, mas que na realidade, ele pertence aos mais solidários e a aqueles que verdadeiramente acreditam que “é bom ser do bem”.

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